Projeto Escrevivendo

NOSSAS LETRAS - VII & Último Encontro Memórias & Histórias

SESC Belenzinho - Nossas Letras 2016
Por Eduardo Akio Shoji
Não poderia deixar de escrever sobre o nosso último encontro e este e-mail não poderia ser senão de GRATIDÃO.
Gostaria de agradecer por todos os momentos de troca durante esses dois meses que certamente levarei comigo, tanto em minha trajetória profissional como pessoal. Em muitos momentos me emocionei com a sensibilidade e a dedicação de vocês. Para mim, estes dois elementos são caros à escrita literária: a estética (o sentir, as sensações) e o árduo trabalho com a palavra. Vocês deram vida ao curso, eram o seu espírito pulsante. Estou muito feliz por ter cruzado com vocês e orgulhoso pelo que produziram.
Não deixem de seguir adiante, vocês já são escritores!
Em nosso sétimo e último encontro, começamos com as "amarrações" e "fechamentos" de alguns pontos que ficaram soltos a respeito de vários temas desenvolvidos no curso. Vimos o quanto a leitura é um elemento constituinte do sujeito-leitor, não apenas do texto lido. Ela começa antes do contato com o corpo do texto, inicia-se no sujeito com seu repertório e no primeiro contato material com o objeto-livro. É importante reconhecer criticamente os elementos que determinam a nossa relação com a leitura.
Indiquei a leitura de três livros e observamos rapidamente as suas estruturas físicas:
- MORICONI, Ítalo (seleção). Os cem melhores contos brasileiros do século. São Paulo: Objetiva, 2000.
- MANSFIELD, Katherine. Contos. São Paulo: Cosac Naify, 2005.
- CAPPARELLI, Sérgio; SCHMALTZ, Márcia (trad. e org.). Fábulas chinesas. Rio Grande do Sul: LPM, 2012.
O primeiro, é para que tenham referência ampla e variada da narrativa brasileira. A antologia oferece contos de grandes autores em muitos estilos diferentes. Vale a leitura atenta para ter uma visão panorâmica e horizontal das composições em prosa. Os contos de Katherine Mansfield servem para que tenham uma visão mais vertical e aprofundada da produção de uma autora. É interessante observar como ela estrutura vários contos. Já as fábulas chinesas são para que possam ter exemplos de narrativas breves, que fogem da nossa tradição ocidental e trabalham com referências da oralidade e da cultura popular.
Em seguida, comentamos mais sobre as etapas da leitura e os direitos do leitor, de Daniel Pennac.
1. O direito de não ler.
2. O direito de saltar páginas.
3. O direito de não terminar um livro.
4. O direito de reler.
5. O direito de ler não importa o quê.
6. O direito ao bovarismo* (confundir um livro com a vida real).
7. O direito de ler em qualquer lugar.
8. O direito de ler trechos soltos, uma frase aqui e outra ali.
9. O direito de ler em voz alta.
10. O direito de se calar e não falar do que se leu.
 
Após nossa pausa de confraternização de fim de curso, fizemos a leitura em voz alta dos textos produzidos em suas versões mais acabadas. Cada um já havia recebido uma cópia de cada texto do colega. É importante tanto para quem lê como para quem escreve que os textos sejam relidos: assim vocês apreenderão mais sobre esse processo pelo qual passamos.
Certamente, ouvir as leituras foi um dos momentos mais especiais e fechou perfeitamente a oficina.
Abaixo, arquivos com materiais preparado para o último encontro:
 
Resta ainda a última TAREFA PARA CASA (!):
 
Gostaria muito que respondessem, por e-mail, o questionário enviao anexadamente e que foi entregue no final do curso. Fiquem à vontade para inserir todas as suas opiniões, sugestões e críticas. A sinceridade é muito importante para enriquecer o curso.
 
 
Desejo a vocês muitas felicidades e grandes conquistas! Um vida cheia de literatura!
 
 
 
Forte abraço,
 
 
Eduardo Akio Shoji

Exibições: 43

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