Projeto Escrevivendo

Leitura do intervalo: Como já fomos crianças... Por M. Inês em 11/10/2012


ERA UMA VEZ...
Os livros sempre me fascinaram. Isso começou na infância. Contos de fada e Monteiro Lobato ajudaram a consolidar minha paixão pelas palavras.

Eram tempos bicudos e não dispúnhamos de recursos para a compra de muitos livros. Não me fazia de rogada, pegava emprestados os livros das amigas abastadas e não tão apaixonadas pela leitura. Carregava-os na minha malinha escolar. Lá dentro ia meu lanche também. Escrevo e consigo lembrar do cheiro que sentia ao abri-la: uma mistura de pão com manteiga e do couro do qual a malinha era feita.

Chegando em casa, na primeira oportunidade, metia o nariz entre as lindas páginas ilustradas por castelos, florestas, fadas e bruxas. Isso para desespero de minha mãe, que sempre me pedia ajuda para enxugar a louça. Eu, -como quase todos os filhos -, demorava para atender ao chamado, e ouvia dela a cantinela: "Já está encantada de novo!". Ela tinha razão....

Esse encanto acabou me conduzindo ao Curso Normal e depois ao Magistério, carreira na qual esmerei-me em ensinar os pequenos a ler e a amar os livros. Virei uma “contadora de histórias” com direito a caras, bocas e vozes para alegria da criançada e, porque não dizer, minha também. 

Hoje reservo-me o direito de contá-las aos netos (por enquanto só para o mais velho) e brincar de bruxa com ele. Brincar de bruxa? Por que não de fada? Ora, bruxa faz mais sucesso... Concorda ou não?

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