Projeto Escrevivendo

Numa noite de verão fomos convidados com alguns amigos para uma festa que se realizaria em vasto jardim. Ao entrar, encontramo-nos em completa escuridão. O anfitrião guiou-nos a cadeiras na extremidade do jardim para junto de outros convidados. Durante alguns minutos ficamos sentados em meio à escuridão, imaginando o que iria acontecer. Música ambiente: Emoções, do Roberto Carlos.

Depois, repentinamente, deu-se um fato interessante. Acendeu-se uma luz, que revelou pequeno trecho do jardim. Seguiu-se outra. Uma a uma cintilaram as luzes, cada qual revelando um pouco mais do ambiente: primeiramente seus ocupantes, depois uma longa mesa cheia de iguarias e, ainda, outro grupo de vários visitantes.

O aspecto fascinante dessas luzes traduzia a festividade do ambiente. À proporção que cada luz brilhava, não só iluminava a área imediata, mas derramava maior brilho nos setores circunvizinhos. Em outras palavras, cada novo clarão contribuía na transformação da linda cena do jardim.

E nesse ambiente acontecia a festa. Oportunidade para conhecermos outras pessoas. Muitos amigos, encontros... Efusivos cumprimentos, sorrisos... Palavras marcaram a coincidência no encontro de duas pessoas:

Helena, que se encontrava ao meu lado, curiosamente avistou Carlos, seu ex-namorado. Ele aproximou-se para cumprimentá-la e simpaticamente cantarolou: “Como vai você? Eu preciso saber da sua vida! Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia... Anoiteceu e eu preciso só saber... Como vai você?”. Helena respondeu: “Você jamais saberá, querido, a falta que você faz em mim... Meu coração se nega a pensar em outro alguém... Ele não quer que eu seja de mais ninguém, até o fim dos meus dias!”

Assim Helena arrebatou o coração de Carlos, que disse: “Pouco a pouco foi que pude perceber que gostar é diferente de querer... E agora que você gosta de mim, não é pouco o que eu gosto de você... Eu vou ter sempre você comigo... Não adianta eu querer mentir!”. Helena continuou: “Onde eu andar, você vai estar... E às noites eu vou te sonhar! Eu vou ter sempre você em mim...”

Diálogo romântico naquele ambiente festivo... Enquanto isso Roberto Carlos cantava ao fundo: “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!”

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Tags: escrevivendo, escrita, leitura, oficina

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