Neste sábado, iniciamos a leitura de alguns sonhos de escreviventes, escritos em forma de fluxo de consciência. Percebemos e discutimos sobre a difuldade do trabalho com a memória do sonhos, assim como a dificuldade de colocá-los no papel sem um filtro de seu autor: um trabalho com a "linguagem da vigília" na tentativa de organizar os labirintos dos sonhos, - uma obra de ficção-, como queria J.L. Borges. Para este autor, continuamos fabulando, a partir do momento que despertamos e, mais tarde, ao relatar o sonho.
Depois, comentamos estes e outros textos produzidos neste módulo ; alguns autores fariam modificações conforme observações feitas pelo grupo.
Na segunda parte de nosso encontro, lemos um formante do livro Galáxias, de Haroldo de Campos: "ou uma borboleta ou tchung-tse sonhando que era uma borboleta ou uma borboleta ou tchuang-tse sonhando que era uma ou o entressonho sonhando...".
Foi Interesante perceber a resistência a este tipo de "escritapoéticoprosaica" haroldiana por alguns escreviventes...Daí a oporunidade de discutirmos sobre o que seria considerado "gosto popular" em nossa literatura (e cultura) e seus porquês; politica editorial; o cânone acadêmico, etc. Aquela geleia geral, como diria Décio Pignatari!
Como três horas passam voando,- aos sábados, na Casa das Rosas-, não deu tempo para assistirmos ao vídeo abaixo, com cena do filme "Sonhos" de Akira Kurosawa:
https://www.youtube.com/watch?v=MEemnknn4xE
Abraços,
KK
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