Casa das Rosas, in Av.Paulista de Carla Café
Por Erica Franco e Renata Guerra
Coord. Karen Kahn
Começamos o dia nos apresentando, em seguida os participantes também contaram um pouco de si.
Todos apresentados, nós perguntamos quais as expectativas deles em relação à oficina. Houve quem contou sobre seu desejo de escrever, e muitos deles estavam curiosos em saber o que caracteriza a crônica. Avisamos, então, que as discussões sobre esse gênero, tão aberto, seriam desenvolvidas durante os encontros seguintes. Mas, para alimentar a curiosidade, adiantamos que um dos elementos marcantes da crônica é ficar evidenciado, no enunciado, o olhar do cronista, sem a preocupação de esconder o eu que narra.
E se o olhar do cronista é tão importante nas crônicas, nada melhor do que convidar os participantes a falarem um pouco mais de si. Então, perguntamos a eles: “De onde vocês são?”, “Vocês são de São Paulo?”
Muitos são de São Paulo, a maioria dos participantes é da Zona Leste. Há também aqueles que vieram de PE, RS e MG, e interior de SP.
A discussão foi boa: a pergunta, que tinha por objetivo apenas conhecer um pouco mais sobre os participantes, se ampliou e, espontaneamente, estávamos discutindo sobre o tema desse módulo: a cidade de São Paulo. Se perguntaram o que é São Paulo. Terra da oportunidade? Da poluição sonora? Do anonimato? Da memória? Do esquecimento? Solidão a milhão?
Alguns contaram suas histórias de conquistas, afetos em São Paulo.
E fomos para o intervalo.
Na volta, fizemos a leitura compartilhada da crônica “Paulista”, do Antônio Prata. A crônica descreve a visão do adolescente classe média que, no dia que seu time é campeão brasileira, se dá conta do quão paradoxal é essa cidade. Da euforia à distopia, na curta crônica.
E entendemos um pouco o que é essa voz do cronista, que apoia a tecitura narrativa.
Um pouco antes do final, todos os participantes escreveram uma frase, um pequeno verso, uma pequena rima ou uma ligeira estrofe sintetizando um pouco o que é a cidade de São Paulo, vista pela lente de cada um deles.
Aqui estão alguns desses olhares sobre São Paulo.
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“Quando ando por essa cidade, quantas vezes tropeço em buraco na calçada, mas sempre caio num canto, onde floresce uma flor qualquer, num espaço qualquer, desta cidade de São Paulo.”
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“Amontoado de solidões que se cruzam em meio à monotonia e a pressa de fazer e ter, mas tão pouco de ser.”
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“Céu e trevas tudo e nada eclética e conservadora, de ricos e pobres. Assim é São Paulo de ontem, hoje e amanhã. Porque o prazer e o sofrimento depende de quem vê.”
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“Entrei no metrô de São Paulo e percebi que (não) estava sozinha.”
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“São Paulo. A cidade que eu olho é a que eu vejo?
São Paulo. Ela é cinza, mas se você raspar tem cor.”
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“Lugares e deslugares para inventar o meu lugar, assim é São Paulo no corpo da gente.”
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“(A)ssidade da solidão ~ Lélio”
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“São Paulo é um bêbado mijando do viaduto do chá nos transeuntes, nos cachorros, nas bolsinhas girando, no churrasquinho grego, nos moradores de rua; São Paulo é um bêbado mijando em si mesmo.”
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“Misturados.
Travessões intercalados em vírgulas, aspas, reticências, pausas, exclamações e um punhado de interrogações, mas espero que nunca seja um ponto final.”
“São Paulo é céu cinza, chão cinza e gente colorida tentando brilhar.”
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“1. São Paulo, terra dos contrários: alegrias e tristezas, espantos e surpresas. Tudo numa terra só.”
2. São Paulo: lugar de todos. O mundo vive aqui.”
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“São Paulo é sentimento,
sentimisto, sentilento
e corre
na veiado paulistano
e no coração de quem
mais chegar”
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“Ela é assim...
Poesia e sons
Afetos e desafetos,
Ela é assim...
Encontros e Caminhos.
Um desatino
Paixão insana.
Ela é São Paulo”.
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“1. São Paulo, decifra-me ou te devoro
2. São Paulo, terra de gigante”
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“São Paulo esquizofrênica, bipolar, polaroid.”
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“São Paulo, a cidade onde mora os meus pés e me traz componentes para o meu coração voar pelo mundo.”
Atividade de escrita
Ao final do encontro, pedimos para que os participantes fizessem um diário para anotarem impressões, percepções ou narrativas de eventos que tenham chamado a atenção deles durante a semana.
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Algumas notas cosmopolitas para início de conversa e trocas em de Crônicas sobre São Paulo,oficina de escrita e leitura do Projeto Nossas Letras/ SESC Belenzinho,
“Quando ando por essa cidade, quantas vezes tropeço em buraco na calçada, mas sempre caio num canto, onde floresce uma flor qualquer, num espaço qualquer, desta cidade de São Paulo.”
Sueli Rocha
“Amontoado de solidões que se cruzam em meio à monotonia e a pressa de fazer e ter, mas tão pouco de ser.” Maiara Rodrigues
“Céu e trevas tudo e nada eclética e conservadora, de ricos e pobres. Assim é São Paulo de ontem, hoje e amanhã. Porque o prazer e o sofrimento depende de quem vê.”
Jovenize Prado
“Entrei no metrô de São Paulo e percebi que (não) estava sozinha.”
Lisi Kieling
“São Paulo. A cidade que eu olho é a que eu vejo? São Paulo. Ela é cinza, mas se você raspar tem cor.”
Décio
“Lugares e deslugares para inventar o meu lugar, assim é São Paulo no corpo da gente.”
Paulo Ricardo
“(A)ssidade da solidão ~ Lélio”
Vinícius
“São Paulo é um bêbado mijando do viaduto do chá nos transeuntes, nos cachorros, nas bolsinhas girando, no churrasquinho grego, nos moradores de rua; São Paulo é um bêbado mijando em si mesmo.”
Danilo Lago
“Misturados. Travessões intercalados em vírgulas, aspas, reticências, pausas, exclamações e um punhado de interrogações, mas esperoque nunca seja um ponto final.”
Grasiele Maia
“São Paulo é céu cinza, chão cinza e gente colorida tentando brilhar.”
Guilherme Belarmino
“1. São Paulo, terra dos contrários: alegrias e tristezas, espantos e surpresas. Tudo numa terra só.” 2. São Paulo: lugar de todos. O mundo vive aqui.”
Maria Cecília
“São Paulo é sentimento, sentimisto, sentilento e corre na veiado paulistano e no coração de quem mais chegar” Raquel Cruz
“Ela é assim... Poesia e sons Afetos e desafetos, Ela é assim... Encontros e Caminhos. Um desatino Paixão insana. Ela é São Paulo”.
Claudine Barbosa
“1. São Paulo, decifra-me ou te devoro
2. São Paulo, terra de gigante”
Valdeci
“São Paulo esquizofrênica, bipolar, polaroid”.
Miriam
“São Paulo, a cidade onde mora os meus pés e me traz componentes para o meu coração voar pelo mundo”.
Neideci
Bjks,
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