Trilha radical na floreta paulistana
Para quem acredita que São Paulo é só trânsito, estresse, violência, poluição ambiental, ausência de verde e péssima qualidade de vida, é só chegar a zona norte para mudar de ideia.
Estou falando da região onde moro, e onde se encontra o Parque Estadual da Cantareira, santuário natural que preserva uma das maiores manchas florestais urbanas do planeta, com 7.9 mil hectares de área e 90,5 km de perímetro. E, na qual, fiz a melhor e mais intensa trilha da minha vida, chamada trilha da Pedra Grande.
Esta trilha possui o maior percurso, 9.500 metros, e trata-se de uma antiga estrada que teve seu asfalto preservado. O ponto alto da trilha é a Pedra Grande, um enorme afloramento rochoso de granito, onde, devido à sua posição geográfica, permite que a, cidade seja vista do Norte para o Sul, e, em dias mais claros, pode-se ver trechos da Serra do Mar.
Como Parque Estadual, a Cantareira está voltada para o ecoturismo: são caminhos e trilhas no meio da mata, que permitem ao visitante entrar em contato com a natureza, conhecer a mata atlântica e até mesmo observar alguns animais.
O nome Cantareira foi dado à serra pelos tropeiros que a atravessavam, pois aqui havia grande quantidade de nascentes e córregos. Na época, armazenava-se a água em cântaros, grandes jarros ou vasos, que, por sua vez, eram guardados em prateleiras chamadas cantareiras.
Para chegar à Pedra Grande, enfrenta-se um caminho pavimentado de mais de 4,5 km só de ida, boa parte dele em subida. São 3 horas ida e volta, mas se você gosta de andar em meio à mata, observar lindas vistas e belos horizontes é um excelente passeio e aventura.
Por outro lado, bem cansativo também. Principalmente para quem não está acostumado, é preciso se alimentar bem antes. O melhor horário é o da manhã, visto que os melhores dias para o passeio são no calor. Se você for à tarde não aguentará o sol abrasador na subida da trilha. É bom levar lanche, porque o local não dispõe de lanchonetes, e é sempre uma delícia, ao chegar à Pedra, depois de uma trilha tão cansativa, fazer um piquenique com os amigos. É mais divertido ir em turma.
A trilha é toda florida, com marias-sem-vergonha das mais diversas cores, é muito bonita. No dia em que fui, era um domingo de sol muito quente como os que tem feito nos últimos dias. Fomos bem cedo: eu , o pai de uma amiga, e mais duas amigas.
Moro bem próximo ao Horto Florestal, mas fomos de carro até a entrada do Parque da Cantareira, compramos os ingressos e começamos a caminhada.
Nos primeiros 30 minutos de leve subida, começou a suadeira, e claro a imensa vontade de voltar pra casa e largar tudo prá trás , que sempre me dá no começo de qualquer exercício: o cansaço vai batendo, a respiração fica mais lenta, e a sede, nossa que sede dá! Imaginem que esqueci de levar uma garrafa com água, aquele calor que já tinha ultrapassado todos os limites, isso porque era cedo, a boca secou de um jeito que, prá chegar até o final da trilha, foi um Deus nos acuda.
Fui subindo, esbaforida, suando, mas caminhando no meu ritmo normal, e, claro, parando para respirar. No percurso nota-se uma predominância de casais de namorados, alguns adolescentes em bando, um ou outro casal jovem carregando alguma criança que já estava cansada. E fui subindo e bufando,
com a garganta que começou a querer fechar.
Enfim, depois de quase desistir, cheguei lá. Sentei na Pedra para ver uma das melhores vistas que se pode ter de São Paulo, em meio a meia dúzia de casais de namorados e de famílias que pareciam fazer piquenique lá em cima. Durante quinze minutos, fiquei lá, sentada, respirando, recuperando o fôlego, bebendo água da minha colega que, lógico, já não estava gelada.
Depois que se chega lá em cima, toda a raiva passa, e começamos a dar risada, e a pensar na aventura que foram aqueles momentos, daquela subida que parecia ser interminável. Após ficar ali, contemplando aquela linda vista, tudo passa a valer a pena e não dá nem vontade de voltar para casa. Cada momento passa a fazer sentido, é um lindo lugar para se meditar, contemplar a natureza e a beleza de tudo que Deus criou e agradecermos por estarmos vivos.
Na volta pra casa torna-se um passeio e uma aventura inesquecíveis, daqueles que guardamos na memória pra sempre, e que, apesar de todos os percausos pela inexperiência e sedentarismo, tipícamente paulistanos, ficamos com uma imensa vontade de repetir muitas outras vezes.
A e da próxima vez não vou esquecer de levar a água e o lanche em uma mochila bem leve é claro.
O mais belo cartão postal de São Paulo
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Quem vem a São Paulo, não pode deixar de conhecer a avenida mais famosa da cidade, considerada o coração da terra da garoa: a Avenida Paulista.
Reconhecida como centro empresarial e financeiro, sendo também um dos metros quadrados mais caros de São Paulo, ela não para. Seja de dia ou à noite, é habitada por uma multidão de pessoas que sempre, a “mil por hora”, correm sem parar.
A Avenida Paulista se tornou um ícone máximo dos paulistanos. Como um dos pontos turísticos mais característicos da capital, sua grandiosidade diferencia São Paulo das outras cidades do Brasil e do mundo.
Em meados de 1782, era apenas uma grande floresta denominada Caaguaçu (“mato grande” em tupi) pelos índios. Era ali, atravessando o sítio do Capão, que a estrada da Real Grandeza cortava a vegetação grossa com uma pequena trilha.
Quando o engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima, juntamente com dois sócios, comprou a área, começou a trabalhar na sua urbanização de forma inovadora, criando grandes lotes residenciais.
Em 8 de dezembro de 1891 foi inaugurada a primeira via a ser asfaltada e arborizada. A população da cidade não passava de 100 mil habitantes quando a Avenida Paulista ficou pronta.
Na década de 50, as construções residenciais, com seus estilos variados, começaram a ceder lugar aos edifícios comerciais. Um dos marcos da arquitetura moderna foi a inauguração do Conjunto Nacional, em 1956.
De lá pra cá, a região atraiu muitos investimentos por estar bem localizada e possuir grande infra-estrutura. Todo esse interesse consolidou a Avenida como o maior centro empresarial da América Latina. Devido à grande quantidade de sedes de empresas, bancos e hotéis, a Paulista recebe milhares de turistas de negócios todos os dias.
No entanto, nem só de trabalho e negócios vive a Avenida Paulista, ela tem seu charme a parte, capaz de deixar qualquer turista com um gostinho de quero mais.
Exemplos disso são os lugares que oferecem rica variedade de programas culturais. O Masp (Museu de Arte Moderna Assis Chateaubriand), inaugurado em 1968, possui o acervo da arte ocidental mais significativo dentre os países latinos.
A Casa das Rosas foi concebida em 1928, e inaugurada em 1935, por Ramos de Azevedo. A construção, onde funciona um centro cultural dedicado à poesia, hoje é tombada por seu valor histórico.
Essas pérolas culturais e tantas outras como cinemas, teatros, centros culturais e cafés garantem um passeio repleto de opções.
A Avenida possui muitos restaurantes que recebem diariamente milhares de pessoas que moram e trabalham na região.
Tem o edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a FIESP, que também abriga o Sesi, que, por sua vez, possui teatro para apresentações gratuitas e biblioteca com acervo vasto além de muitos livros novos.
É famosa também a antena do prédio da Fundação Cásper Líbero, sendo a maior e mais alta da Avenida, chama a atenção devido à sua iluminação amarelada. O mesmo prédio também é famoso por suas escadarias, pelo Teatro Gazeta, pela sede da TV Gazeta, da Rádio Gazeta FM, da Faculdade Cásper Líbero e pelo cinema Reserva Cultural.
Em toda a extensão da Avenida, dezenas de edifícios comerciais, sedes de bancos e grandes empresas do terceiro setor dominam a paisagem. Alguns poucos residenciais, na maioria de alto padrão, completam a Avenida.
É uma Avenida que tem, em sua história de festas e celebrações, o Réveillon de São Paulo, que tem se tornado uma tradição, sendo considerado uma das maiores festas do mundo.
A impressão que se tem é a de que tudo fica na “Paulista”, acontece na “Paulista”: os grandes eventos, empreendimentos. Sempre com uma programação diversificada, para todos os gostos e públicos, acessível a todas as classes.
Sem dúvida nenhuma, um belíssimo cartão postal de São Paulo, um passeio para turista nenhum achar defeito e para nunca mais ser esquecido
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