Estes textos poderão ser substituidos por uma versão final.
UM SONHO
Um ponto de luz se abre diante de mim.
É uma luz fria, tênue, em meio a névoas e espumas. À medida que se expande, vou adentrando na luminosidade opaca.
Começo a ver imagens não muito nítidas de cordilheiras, florestas, vulcões, crateras, labirintos, precipícios e nuvens...
Não tenho asas, mas não estou com os pés no chão. A sensação é de que estou flutuando. Vejo também casas, edifícios, estradas, rios e cidades. Só não vejo as pessoas... De algumas casas sai um brilho fluorescente de aparelhos e lâmpadas. As estrelas e a lua ainda brilham.
Mais adiante, na linha do horizonte, vejo uma luz resplandecendo. É a aurora que se anuncia.
Posso observar ainda animais pelos campos. São de formas e tamanhos variados. E prossigo em direção à luz que se irradia. Aproximando-me desta luz, vejo tudo num turbilhão de cores: o verde intenso das matas, o azul que toma conta do firmamento, o verde azulado do oceano. E os raios intensos do sol, que a tudo ilumina, incidem nas nuvens deixando-as douradas.
Ouço os sons dos animais nos campos e o canto dos pássaros que passam quase diáfanos por mim. Só não vejo as pessoas... Onde estão todos?
Já posso observar as corredeiras de um rio à minha frente. Vejo uma cachoeira numa enorme queda d’água e explosão de sons.
Sento-me em umas pedras em meio a uma vegetação espessa. Posso observar peixes coloridos em uma porção de água estancada. Tão clara esta água que parece um espelho! Vejo no fundo a areia e alguns seixos. Sinto que um filete de água vindo de uma das cascatas começa a cair em mim deixando-me molhado. Mas, não sinto frio. O sereno da água vai me refrescando e percebo que começa a cair gota a gota na minha cabeça.
Nesse enlevo, acordo num sobressalto, mas totalmente descansado... Os raios de sol, que já vai alto, penetram pelas janelas.
Terei dormido demais?
Messias Maciel do Prado
A VIDA É SONHO
Parece que já nascemos sonhando!
O certo é que sonhamos desde a mais tenra idade. Primeiramente, com os brinquedos, com a escolinha, com as guloseimas, com os passeios...
Depois vem uma fase em que já sonhamos com a namoradinha e com o que iremos ser quando crescermos. Se iremos ser bem sucedidos e, quem sabe, até ficarmos ricos e famosos! Alguns destes sonhos tornam-se realidade, outros não. E outros ainda vão surgindo em nossas vidas.
Um pouco mais amadurecidos já temos o discernimento do que era apenas sonho de adolescente e o que realmente queremos da vida. Aí, já com os pés mais firmes no chão da realidade, sonhamos mais concretamente com uma profissão, casamento, filhos, casa e também com aqueles sonhos de consumo - moto, automóvel, viagens – e tantos outros que nos acompanham o tempo todo. Neste sentido, envidamos esforços para tornar nossos sonhos realidade. Conseguimos a realização de muitos deles. E outros vão se perdendo pelo caminho. Já não são tão importantes. No entanto, seguimos perseguindo nossa realização pessoal. E como ela é fundamental! Pois quando nos sentimos realizados – e isto nunca se dá completamente, graças a Deus! – temos mais autoconfiança, nos sentimos mais alegres e dispostos para viver e conviver.
E prosseguimos em nossa jornada. Infância, adolescência, maturidade vão passando e muitos dos nossos sonhos vão se concretizando. Creio que é isto que dá equilíbrio e sentido à vida e nos move a caminhar.
Só não podemos deixar de sonhar, mesmo sabendo que nunca seremos completamente realizados, que uma vez realizado um sonho, outros surgem. Sempre teremos sonhos, metas e objetivos a serem alcançados. Do contrário, nossa existência neste planeta não teria mais sentido.
Sigamos sonhando, mesmo com aqueles sonhos que parecem impossíveis! Pois, se a vida é sonho, sonhemos sempre!
Messias Maciel do Prado
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Tags: escrevivendo, escrita, leitura, oficina, sonhos
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