Projeto Escrevivendo

Antes de escrever sobre o quarto encontro, posto uma contribuição do Eugenio, baseada em sua pesquisa sobre como seriam encarados os sonhos em outras culturas.

 

"Segundo os índios Guarani, temos três almas: a nhe’enguê ou nhe’em, a alma boa, espiritual, que vai para o Além quando a pessoa morre, não afetando os vivos; a anguêry, a alma animal, responsável pelas más inclinações e que fica na terra por um tempo depois da morte, assombrando os vivos; a avyu-kuê, a sombra, uma cópia imperfeita da pessoa, permanecendo nos ares e não incomodando ninguém. A doença é a ausência temporária da nhe’em, da alma boa. A morte é a saída definitiva dessa alma. O sonho é a saída nhe’em para esse outro mundo.

Por isso, os sonhos têm tanta credibilidade, pois são como a mensagem que a alma recebeu dos outros espíritos. Após a morte, a alma boa sai imediatamente, enquanto a alma animal fica vagando próximo ao cemitério por longo tempo, podendo causar mal às pessoas. Por isso, os cemitérios e as antigas aldeias, onde há pessoas enterradas, devem ser evitados, pois são locais onde esses espíritos estão."

 

 

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Tags: escrita, leitura, oficina, sonhos

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Comentário de Samia Schiller em 11 novembro 2011 às 17:19

Faço minhas as palavras da Bruna. Fiquei impressionada com o fluxo de consciência da Shirleide. O sonho era cheio de imagens, difícil de descrever e ela conseguiu. Parabéns.

 Gostaria muito de entrar em contato com você, Shirleide, mas não tenho seu mail.

Comentário de bruna nehring em 9 novembro 2011 às 15:25

além de admirar o resultado da pesquisa do Eugênio (ilustrada e ilustrativa, como sempre), gostaria de comentar o texto da Shirleide sobre o "seu" sonho. Provavelmente é o sonho mais sonho com quejá me deparei, pois ela, intencionalmente com certeza, o transcreveu assim como foi sonhado. Em todos nossos sonhos, ao relata-los, a gente pensa que o fizemos ipsis licteris, quando na realidade acabamos recionalizando as "imagens", as sequências, as falas etc. Shirleide escreve tudo numa tirada só, como fosse tudo sem pé nem cabeça, como a maioria dos sonhão são de verdade. Se pudesse, eu até tiraria do texto dela toda pontuação valorizando o fólego.

Bravo Shirleide. Agradeço que vc tenha me mandado uma cópia para que pudesse saborea-lo mais. Beijos Bruna

Comentário de Samia Schiller em 3 novembro 2011 às 21:10

Muito interessante...dá uma boa história, hein?

 

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